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22 de nov. de 2010

eu quero..

Difícil querer sair daqui, me sinto quente, eu sinto vontade de querer mais. Me enlaço, me perco, me transformo, só quero o calor de dois braços. Fica em silêncio, agora só quero ouvir o compasso do seu coração, o som da sua respiração. Agora fala, fala baixo e me faz tremer com o timbre da sua voz. Me cala, faz meu corpo querer falar. Posso me perder no tempo, eu já me perdi em você, agora já sou tua. Liga a luz, o escuro é bom mas agora preciso ver você sorrir dizendo mais uma vez que sou tua!

26 de set. de 2010

cócegas

Havia acordado rindo, era tão bom se sentir assim, radiante. Era o melhor sonho que tivera depois de tantos tumultos e tempestades dentro de si. Não que estava se sentindo a melhor pessoa do mundo, mas havia algo dentro de si que fazia cócegas. Ela tinha medo, muito medo, de despertar daquele sonho real e ao mesmo tempo nem se preocupava com isso, só vivia tentando desfrutar demais do que não tivera durante tantos dias. Queria levantar, andar, correr, pular, sair gritando, abraçando a todos, brincar no parque e rolar na grama. Se sentia jovem, como se tivesse nascido de novo. Que bobagem! Apenas deu uma nova chace para vida, quando viu que não adiantava mais sofrer por coisas mesquinhas ou por pessoas medíocres. Não queria espalhar isso pra ninguém, ela se deliciava com suas risadas. E sozinha fez tudo o que sentia vontade! Ela brincou, gargalhou, chorou de felicidade, resolveu passar um dia só dela, desligou todos seus meios de comunicação, escondeu a chave e VIVEU!

8 de set. de 2010

Escureceu.

Eu estava deitada, fitando o teto com toda sua leveza, não tivera coragem de levantar-se ainda. Os pensamentos oscilavam de uma maneira tão intensa que eu não me sentia capaz de organiza-los de uma forma mais fácil. Ora ria, ora chorava, ora gritava, não sabia exatamente o por que daquilo, nem por que estava tão sem forças, o que havia acontecido com toda sua segurança, com toda sua convicção e certezas sobre a vida? Já não aguentava mais me afogar em lágrimas, estava me sentindo suja, como se o mundo tivesse acabado em guerra e a única e triste sobrevivente fora eu. Porque as coisas aconteciam dessa forma? Eu não conseguia entender exatamente que caminhão teria me atropelado, ou se teria caído em algum precipício, seria isso apenas uma recaída? Meus pensamentos eram rápidos o suficiente para não deixarem eu procurar uma solução. Olhei para janela, o dia já estava escurecendo novamente, e eu nem senti o frio do chão ou o calor do sol que brilhava na rua. Fechei os olhos tentando buscar forças lá do fundo, onde não havia. Brigando comigo mesma, me perdi na escuridão dos meus olhos que haviam de apagado.

8 de ago. de 2010

interrogação.

anda distraída pelas calçadas, foge, corre desesperadamente e para em qualquer banco da cidade. pensa, em alguns momentos se sente realmente fora de si, como se sua alma não estivesse ali, somente flutuava sem informar qual seria sua próxima direção. apavorada, se debate em outro ponto qualquer, se acha a pior coisa do mundo, simplesmente por não saber realmente o que é. para, enlouquecida, mira tudo ao seu redor e começa a chorar se questionando da forma mais cruel, perguntas vazias. isso tem alguma razão? ela só queria se achar no meio de tanta gente, que, normalmente, representa ser tão insignificante. e ao pensar isso fechou os olhos num passe muito rápido, era difícil chegar a conclusão que poderia ser da mesma forma que as outras pessoas, e continuou perdida com uma única pergunta... 'qual o valor da minha existência?'

6 de ago. de 2010

prevenção.

incrédula, e eu que sempre me achei tão forte. seria possível que me desesperasse algum dia por tudo, ou simplesmente por nada. só não achava que seria assim tão vil, como uma tempestade estranha que surge e se apaga num piscar dos olhos. eu sempre achei incrível o poder das transformações, mas eu sempre quis manter distância delas, receio, talvez, mudanças sempre me aterrorizaram mesmo. mas nas reviravoltas do mundo até o mais iluminado de torna obscuro e o certo se passa por totalmente duvidoso. e tem gente que ainda menciona a confiança... sinceramente ainda prefiro ter cautela com tudo, prevenir não é nem um pouco ruim diante de tantas desilusões.

23 de jul. de 2010

felicidade.

Eu poderia ficar aqui, descrevendo e alegando momentos tolos, de risadas, de diversões onde eu simplesmente me sentia completa. Ou até mesmo ficar contando aquelas lindas histórias onde sempre encontramos o príncipe encantado e o 'viveram felizes para sempre'. Acho que ninguém por ai consegue acreditar ainda que tudo será 'bonitinho' pra sempre né? O amadurecimento das palavras, dos momentos repentinos, dos dias ensolarados e lindos, de cada mínimo detalhe que você se sente feliz isso sim que deveria valer a pena. Como pode uma pessoa lamentar-se tanto depois que algo tão bom acabou? O sofrimento é tão aceitável depois de cada pedacinho de constante felicidade, mas parece que simplesmente esmagam essas coisas e lembram-se apenas do 'como eu sofro'. Se torna impossível definir felicidade diante de tantas definições que são tão íntimas que nem mesmo nós a desvendamos. A única coisa que ainda deveria ser levada a sério é: felicidade é feita de momentos e não de longas datas, por isso viva o hoje, e faça com que ele seja o dia mais lindo da sua existência, para que quando o novo dia chegar o ontem seja especial o suficiente pra deixar o hoje feliz!